sexta-feira, 20 de março de 2009

Martha Gellhorn e a Guerra dos Seis Dias

Martha Gellhorn foi um dos grandes correspondentes de guerra do século XX. Nascida em St. Louis, Missouri, foi casada com Ernest Hemingway de 1940 a 1946. Cedo se tornou um nome relevante do jornalismo, cobrindo conflitos por todo o mundo, como a Guerra Civil de Espanha, a Segunda Guerra Mundial, o conflito no Vietname, as guerrilhas na América Central e no Médio Oriente. Escolhi publicar neste espaço, durante os próximos dias, alguns dos seus testemunhos sobre a Guerra dos Seis Dias de Israel. E mais não digo, pois os textos, destacados da compilação A Face da Guerra (Editora Objectiva, Rio de Janeiro, 2004), falam por si. (Nota: os destaques a negrito são escolha minha e não da autora)
"A Guerra dos Seis Dias"
"Em Junho de 1967, Israel tornou-se o herói do mundo ocidental. A Guerra dos Seis Dias foi uma vitória famosa, sem igual na história da guerra moderna. O aspecto de David e Golias deste conflito suscitou grande admiração. Considerando a força superior de Golias, parecia claro que David não conseguiria sobreviver. O mundo ocidental vinha falando de modo preocupado e sem chegar a uma meta por semanas enquanto os exércitos árabes se reuniam e a tensão crescia, mas conversa não salvaria Israel. Foi muito reconfortante, muito útil que Israel tenha conseguido se salvar. Israel tinha de vencer. Perder significaria o fim do seu povo e do seu país.
Em 27 de Maio de 1967, o presidente Nasser do Egipto anunciou:
- Nosso objectivo básico será a destruição de Israel. O povo árabe quer lutar. - Ele acrescentou um dia depois: - Nós não aceitaremos a coexistência com Israel... A guerra com Israel está em curso desde 1948. - Em 30 de Maio, ele proclamou: - Os exércitos do Egipto, Jordânia, Síria e Líbano estão prontos nas fronteiras de Israel... e atrás de nós estão os exércitos do Iraque, Argélia, Kuwait, Sudão e toda a nação árabe. Este acto irá surpreender o mundo. Hoje, eles saberão que os árabes estão prontos para a batalha, a hora crítica chegou.
Como um eco, em 31 de Maio, o presidente do Iraque declarou:
- A existência de Israel é um erro que precisa ser corrigido. Esta é a nossa oportunidade para eliminar a infância que tem estado connosco desde 1948. Nossa meta é clara: varrer Israel do mapa.
A Rádio Cairo, "A Vós dos Árabes", depois o primeiro-ministro líder de torcida se superou ao gritar:
- Massacre, massacre, massacre - um grito delirante ecoado pelas grandes multidões nas ruas do Cairo.
Esta confiança na vitória era baseada em simples aritmética. Os exércitos árabes nas suas fronteiras superavam os de Israel em três para um. Eles tinham a mesma superioridade de três para um em tanques, aeronaves de combate e artilharia pesada. O exército permanente de Israel era de 40 mil homens, complementado por reservistas formando uma força de combate de aproximadamente 48 mil. O exército cidadão de Israel, reservistas, mulheres com idade até 34 anos e homens até os 54 assumiram papéis de apoio: sinaleiros, transporte, suprimentos, paramédicos, engenheiros. Mas foram os pilotos e tripulações de tanques israelenses que garantiram o triunfo de David sobre Golias.
Duas vezes antes, e de novo depois em Junho de 1967, os governos árabes ignoraram os termos do armistício da ONU assim que o cessar-fogo passou a valer. Em 1967, tendo provocado e perdido a guerra, eles imediatamente exigiram a devolução dos territórios conquistados, embora tenham se recusado completamente a negociar tratados de paz com Israel. Há algo um tanto infantil ou enlouquecido nisto, como se os líderes árabes pensassem que a guerra fosse um jogo de bolas de gude [berlindes] fatal: só porque você ganha não quer dizer que pode ficar com as minhas bolas de gude, me devolva as minhas bolas agora mesmo até estarmos prontos para disputar outro jogo...
A área das quatro nações árabes que circundavam Israel era de 1.753.422 quilómetros quadrados. Israel, em seu vulnerável formato de vespa, cobria apenas 20.719 quilómetros quadrados. A população desses quatro Estados árabes era de 46,1 milhões; em Israel, havia 2,3 milhões de judeus e aproximadamente 350 mil árabes israelenses. Israel também não era uma propriedade valiosa; não tinha petróleo, diamantes, ouro, basicamente só frutas e legumes, um milagre agrícola. Nenhuma mente sã poderia conceber qualquer ameaça, pelo pequeno Estado de Israel, à segurança e bem-estar dessa enorme terra e massa humana árabe.
Penso que se Israel não existisse, os líderes árabes teriam de inventá-lo. Ele é o único inimigo imaginário que unifica todos os seus povos. Os muçulmanos do Oriente Médio brigam entre si, desconfiam, assassinam, tramam golpes de Estado, mudam de alianças, matam uns aos outros com feroz energia; eles não conseguem concordar sobre nada excepto em seu ódio revitalizador pelos judeus de Israel.
Em 1967, com todos os motivos para fazê-lo, os israelenses ainda não odeiam os árabes. Eu observei esse distanciamento em 1949, assombrada, depois que o novo Estado tinha repelido seis exércitos árabes agressores, determinados a aniquilar Israel no seu nascimento. Pareceu-me que os israelenses não pensavam muito sobre os Estados árabes até que fosse preciso, no caso da guerra. Mas os terroristas da OLP eram outra coisa. Homens que plantam bombas em um ônibus escolar, em um cinema, em um mercado, matam civis desarmados - homens, mulheres, muitas crianças - e depois fogem, isso é diferente. Esses homens são abomináveis.
Cheguei atrasada na guerra. Eu estava no Midwest, nos Estados Unidos, detida por algum motivo esquecido, quando a guerra começou. Corri e cheguei a Israel no quinto dia. Depois do sexto dia, por várias semanas, eu reconstituí a guerra.
Queria ter anotações e fotos, mas só tenho essas lembranças desconjuntadas daquela viagem singular, vendo todo o formato de uma guerra, uma natureza-morta da morte e da destruição. No Sinai, corpos de soldados egípcios mortos como montes de trapos e o cheiro nauseante da morte. Uma vasta linha de artilharia, enterrada na areia, com os canos longos e pesados acima do chão, apontando para Israel. Eles foram capturados de noite por pára-quedistas iraelenses cruzando as dunas a pé para atacar as equipes de artilheiros, nas trincheiras. As minas empilhadas ao lado das estradas; encontradas, levantadas e empilhadas por companhias de engenharia israelenses.
Moscas como nuvens negras em movimento. Elas pousavam no seu corpo, tentavam entrar em seus olhos e em sua boca. Um calor seco insuportável, o céu branco azulado, o brilho, a água morna racionada. Tanques queimados, caídos de lado, torcidos com lagartas quebradas em toda a parte, centenas deles, estranhos monstros negros mortos. Montes de botas espalhadas na areia, arrancadas pelas tropas egípcias em retirada ou rendição. Lindos carros civis, indo para o Egipto, destruídos pelo fogo de metralhadoras: esses eram os carros particulares dos oficiais egípcios, fugindo por conta própria, e destruídos em retaliação. Os israelenses tinham um desprezo especial por esses carros. Mais corpos patéticos parecendo com trapos.
No meio do nada, no vazio da areia, um contingente de tropas israelenses, muito jovens. Nenhuma tropa de combate parece bem vestida, mas os israelenses eram extraordinariamente desleixados. Ténis em vez de botas, camisas caqui desabotoadas por cima de calças caqui que não combinam ou calças cortadas em shorts, sem chapéus ou com chapéus de lona moles, sujos, casuais. Os oficiais não usavam insígnias e ninguém no exército israelense parecia bater continência. Os oficiais e homens se conheciam bem e se chamavam pelos nomes. O exército cidadão já estava sendo mandado para casa, onde havia trabalho a ser feito, poucos dias após a vitória, mas naquele lugar no meio do nada as tropas aguardavam por ordens em volta de um furgão de comunicações. Duas soldados pequenas e louras saltaram do furgão. Essas soldados de voz meiga, com rabos-de-cavalo e as inesquecíveis sapatilhas de balét pretas, operavam os rádios, reservistas no corpo de sinaleiros.
No canal de Suez, em Kantara, um grupo de soldados israelenses, amarrotados e furiosos, ficava olhando fixamente para o outro lado do canal. Eles disseram que não iriam mandar de volta mais prisioneiros egípcios - eles haviam observado e aqueles desgraçados do outro lado haviam tomado os pobres coitados e atirado neles. Eles não iriam mandar mais ninguém até que a Cruz Vermelha ou alguém viesse e verificasse isso; que tipo de gente fazia isso com as próprias tropas?
Em algum lugar no deserto, vi uma instalação de mísseis. Nunca tinha visto uma dessas coisas antes, tão longa quanto um vagão de trem, muito bonita e polida em seu silo subterrâneo. Não sei de que tipo era nem por que ainda estava lá, mas todos estavam contentes que ainda não tivesse sido usada.
Em outro lugar, no Neguev provavelmente, havia um grande campo de prisioneiros de guerra, prisioneiros egípcios que os israelenses estavam ansiosos para devolver; centenas deles com cabeças raspadas, sentados pelos campos, parecendo deprimidos. Eles eram vigiados por uns poucos soldados israelenses desinteressados. Os prisioneiros, embora tristes, deveriam estar contentes em receber água e comida, mas nenhuma outra atenção. A eles tinha sido dito que os israelenses mutilavam e matavam seus prisioneiros e deviam ter acreditado nisso, já que foram instruídos a não demonstrar qualquer misericórdia para com os israelenses capturados.
Na Cisjordânia, perto de uma ponte no vale do Jordão, botas descartadas estavam espalhadas pelo chão, mas não havia corpos; as tropas árabes fugiram para a Jordânia. Misturadas com as botas, uma confusão de papéis ao vento, jornais árabes, revistas em quadrinhos, o que seja. Os quadrinhos se explicavam por si mesmos. A imagem nazista do judeu, gordo, de pele escura, com um grande nariz adunco e lábios babosos. Eu tinha visto o mesmo tipo de desenho, em 1961, em todas as escolas de refugiados palestinos na Jordânia e no Líbano, escolas financiadas pela Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados. Na estrada para Jericó, caixas cheias de munição abandonadas pelo exército jordaniano. Desenhadas sobre elas havia a bandeira americana com as mãos dadas da amizade. Nas colinas de Golã, silêncio nas posições abandonadas das quais os canhões sírios haviam bombardeado os assentamentos israelenses no vale da Galiléia abaixo por 18 anos. O Golã era uma Linha Maginot no topo de um penhasco, artilharia em casamatas sólidas, trincheiras de conexão, campos minados, arame farpado. Tropas cansadas capturaram essa fronteira fortificada depois de uma luta incessante em outras frentes de batalha. Os israelenses sofreram pesadas baixas.
Muito tempo depois da guerra, a leitura de um relatório técnico sobre a operação confirmou minha impressão de natureza-morta de que a Guerra dos Seis Dias foi um feito militar sem paralelos. Se a guerra foi forçada sobre uma nação, então é admirável conduzi-la com habilidade, velocidade e coragem supremas e um esforço determinado para poupar os civis. Nenhum soldado poderia estar mais profundamente motivado que os soldados israelenses. Os exércitos árabes estavam lutando por slogans; os israelenses estavam lutando pela existência do seu país.
Israel foi incrivelmente sóbrio a respeito da sua vitória. O povo ficou grato aos seus brilhantes combatentes que salvaram a nação; suas fronteiras agora estavam mais seguras do que nunca. Mas 766 jovens israelenses tinham sido mortos e mais de mil feridos gravemente. E eles sabiam que esta não seria a última guerra contra os árabes, cujos líderes eram indiferentes às suas baixas e não fariam a paz.
Imediatamente depois que a guerra acabou, a propaganda árabe entrou em acção. Notícias de ultrajes israelenses foram divulgadas internacionalmente e publicadas sem verificação. Hospitais e campos de refugiados tinham sido bombardeados, milhares de civis árabes foram mortos nas cidades; os israelenses eram assassinos em massa. Eu sabia que isso era uma mentira e comecei a pacientemente reunir os factos. Não que as mentiram não permaneçam ou que as pessoas não acreditem nelas com entusiasmo. Mas pelo menos você pode registrar os factos, ainda que modestamente. Quando meus artigos apareceram em fins de Julho de 1967, Israel não era mais o herói do mundo ocidental; já estava sendo culpado por isto e aquilo, uma reclamação perpétua. Israel é um fracasso irremediável em propaganda.
Israel não é muito popular agora. O país geralmente recebe um tratamento ruim da imprensa, a não ser que o mundo seja deslumbrado por algum acto de coragem, como o resgate de seus cidadãos sequestrados em Uganda. Ou a Guerra dos Seis Dias. Então o mundo aplaude em êxtase por um tempo e tem uma recaída. Um padrão de dois pesos e duas medidas de julgamento se aplica a Israel; Israel precisa ser mais virtuoso que a mulher de César, enquanto que qualquer coisa vale para seus inimigos árabes.
Pela primeira vez, em 1977, Israel elegeu um governo chauvinista de direita, como se nenhuma outra democracia já tivesse permitido tal aberração. Este governo permitiu erros terríveis que dividiram os israelenses entre si. Culpando-os pelo que fizeram ou não fizeram, o resto do mundo nunca leva em conta as pressões singulares que devem afectar as acções e decisões israelenses; a hostilidade inexorável dos Estados árabes, os armamentos árabes que sempre aumentam, décadas de ataques terroristas em casa e além-mar. Seria surpreendente se Israel não tivesse uma mentalidade de sítio, sabendo que só pode contar consigo mesmo.
A opinião pública externa não tem influência em como Israel administra a sua principal actividade, que é sobreviver. Israel é do tamanho do estado de Massachusetts, de Gales, e metade dele é o deserto de Neguev. Se o país tivesse estado seguro em paz desde 1948, teria sido uma glória suficiente construir fazendas e fábricas, universidades e hospitais, museus e teatros, escolas; uma democracia moderna civilizada. Os israelenses não viveram em paz nem por um só ano de sua curta história, e a tensão afecta a população. Minha crença é de que Israel é resoluto e não espero que seja perfeito, ao contrário de qualquer outro Estado. Nunca esqueci de Dachau, nem do testemunho que repugnava a alma pelos sobreviventes de campo de concentração judeus que ouvi hora após hora nos Julgamentos de Nuremberga e no Julgamento de Eichmann. Não esqueci o dia de pesadelo, passado com um ex-prisioneiro, no vazio assombrado de Auschwitz. E estou irritada e impaciente com aqueles que não sabem ou não se dão ao trabalho de lembrar do sofrimento e da resistência que fundou Israel. A Alemanha nazista tornou Israel essencial, a salvaguarda contra uma repetição em qualquer época futura do pior crime da história. E da vergonhosa relutância fora da Alemanha de dar abrigo aos judeus que escapavam.
Seus vizinhos obrigam Israel a desperdiçar recursos e tempo com sua força militar. Os israelenses não gostam de ser guerreiros; eles não têm escolha. Mas Israel é bem mais que um baluarte. Ele produz um vinho estranho e bons livros, cientistas, músicos e fazendeiros de génio. O país talvez tenha o mais alto QI per capita do mundo. É um país corajoso. E está aqui para ficar.
Londres, 1986

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

O massacre de Damour

Já ouviu falar no massacre de Damour? Não? É natural. Pouca ou nenhuma informação foi dada sobre ele nos media.
Mas com certeza já ouviu falar no massacre de Sabre e Chatila. Sim, esse mesmo, o do campo de refugiados palestinianos no Líbano. Com certeza já ouviu falar desse, e de certo que lhe vem logo à cabeça um nome: Ariel Sharon. Pois é. Parece que Sharon foi cúmplice dos cristão libaneses que cometeram esse massacre, ou pelo menos é o que dizem por aí... Mas agora reflicta um pouco: você sabe dizer o nome do cristão libanês que planeou, ordenou e executou a matança em Sabra e Shatila? Não? Quer dizer, você conhece Ariel Sharon, associa-o ao massacre dos palestinianos, mas desconhece aquele de quem Sharon é acusado de ter sido cumplice? Não lhe parece estranho? É como se o seu vizinho matasse a sua família toda, mas em vez de prenderem o seu vizinho o fossem prender a si por não ter feito nada e mandassem o seu vizinho em liberdade.
Bom, para que se saiba, o mandante e principal executor do massacre foi o libanês Elie Hobeika, que não só nunca foi incomodado por causa disso como chegou mesmo a fazer parte, mais tarde, do parlamento libanês. E nunca procurou sequer esconder estes factos. A questão é, porquê?
Porque quis, além de vingar a morte de Bashir Gemayel, vingar-se também de um massacre feito pelos terroristas da OLP contra uma cidade cristã no Líbano. Cidade onde a sua família foi brutalmente assassinada, bem como a sua noiva. Aquela cidade que nunca veio nas notícias, essa mesmo, Damour.
Morreram cerca de 500 cristãos libaneses nesse massacre, a 9 de Janeiro de 1976, às mãos dos palestinianos, liderados pelas OLP de Arafat. Parece que também foi uma vingança contra massacres libaneses anteriores. Enfim, uma espiral de violência bem ao estilo do Médio Oriente. Adivinhem quem sempre leva com as culpas de tudo?
Adivinhou! Israel! O prémio é um video do YouTube sobre Damour:

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Contra os criminosos do Hamas!

Finalmente, uma petição para que a ONU faça o seu trabalho como deve ser! Assinem e divulguem a seguinte petição para que o Hamas seja investigado pelos seus crimes (e não foram poucos):

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Israel à boca das urnas

Na altura em que escrevo este texto, as primeiras projecções à boca das urnas apontam para uma vitória de Tzipi Livni nas eleições legislativas em Israel.O Kadima aparece à frente com 28 ou 30 assentos no Knesset (conforme as sondagens), mais dois do que o Likud, de Benjamin Netanyahu, que terá 26 ou 28.No entanto, e apesar da derrota nas urnas, o Likud poderá ainda ser chamado a formar governo, uma vez que o bloco da direita poderá ter mais votos do que o da esquerda. Uma coisa é já certa: Benjamin Netanyahu ou Tzipi Livni, um deles será o próximo primeiro-ministro.Outro dado importante, a adesão às urnas foi boa, cerca de 65 por cento (mais 2,5 por cento do que em 2005), isto apesar da chuva forte que tem caído todo o dia por aquelas bandas.
Vamos aguardar com serenidade. Se eu fosse israelita teria votado no Kadima, mas penso que tanto Tzipi Livni como Netanyahu têm capacidade para fazer um bom trabalho, por isso Israel já ganhou!

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Nem todos andam a dormir!

Neste Domingo foi publicado no Diário de Notícias um texto do sociólogo Alberto Gonçalves sobre o tratamento dado pela ONU a Israel. Não pude resistir, tenho de compartilhar este texto com os leitores do blog pois é importante mostrar que ainda há pessoas neste país com sentido crítico e que sabem pensar por si próprias. Alberto Gonçalves é uma dessas pessoas, e eu acompanho sempre que posso as suas crónicas (sempre tão deliciosamente mordazes) no DN (aos Domingos) e na revista Sábado. Aqui vai:
"A Pocilga"
"Em Janeiro passado, o mundo indignou-se com o mortífero ataque das tropas israelitas a uma escola da ONU em Gaza. Agora, após breve investigação de um jornal canadiano, a ONU discretamente admite que a escola nem sequer foi atacada. Nada de novo. Em cada conflito armado entre Israel e os seus amáveis vizinhos, há sempre um punhado de "massacres" que, assente a poeira, se revelam inexistentes. O exercício alimenta a propaganda de organizações terroristas, a busca dos "media" por sangue palestiniano, o próspero anti-semitismo global e, naturalmente, a agenda da ONU, neste particular parte envolvida, ainda que de modo imaginário.
Claro que o envolvimento da ONU com os bandos criminosos da região não é apenas ficcional. Para não sairmos de Gaza (salvo seja), é tocante a facilidade com que membros do Hamas circulam pelas instalações das Nações Unidas no seu território, convertendo-as em arsenais, postos de combate ou, nos momentos de sossego, salas de conferências subordinadas ao tema "A Urgente Extinção de Israel". Fora de Gaza, a essência da ONU exprime-se por exemplo no seu Conselho dos Direitos Humanos, que possui a divertida característica de ser maioritariamente constituído por tiranias e cujo trabalho consiste em produzir "resoluções" contra Israel (cerca de 80% das aprovadas). Ou, também a título de exemplo, no seu Presidente da Assembleia Geral, o qual, em observância à emérita tradição do cargo, é actualmente um padre maluco e comunista, que desfila em público a sua amizade pelo presidente do Irão e o seu nojo ao "estado hebraico".
A ONU, instituição democrática que integra jurados inimigos da democracia, é isto. Se calhar não seria justo exigir que fosse outra coisa, nem esperar que gente séria a levasse a sério. A máxima é velha: brincar com os porcos suja-nos a todos, mas os porcos gostam."
Brilhante!

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Lisboa não quer ser geminada om Gaza!

Foi com surpresa e horror que tomámos conhecimento do conteúdo da moção aprovada por certos partidos que compõem a Assembleia Municipal de Lisboa para que seja feita a geminação da cidade de Lisboa com a cidade de Gaza. Verdadeiramente escandalosas foram as abstenções do PS, PSD e CDS-PP a esta proposta do BE, votada favoravelmente também pelo PCP e PEV (não esqueceremos o que aconteceu nas próximas eleições autárquicas). O que irá acontecer se este absurdo for aprovado? Vamos receber uma delegação do Hamas em Lisboa? Terroristas recebidos com pompa e circunstância? Eis um vídeo que todos deviam ver, que mostra como é absurda esta proposta:
http://www.youtube.com/watch?v=R4ng2yDmhKk

Aqui está também o link para a petição online, de recolha de assinaturas contra esta proposta infame:
http://www.petitiononline.com/LX1888/petition.html